O transporte de cargas é fundamental para a economia brasileira, inclusive aquelas que se encaixam na definição de cargas perigosas. Um exemplo disso é o transporte de combustível que é feito em todo o país praticamente por meio de caminhões.

É importante destacar que, no geral, existem nove tipos de cargas perigosas descritas na legislação. Dentre eles, destacam-se no dia a dia do transporte de cargas:

  • Explosivos: é um dos principais tipos de cargas explosivas e também um dos mais perigosos. Em relação ao material de carregamento, pode-se destacar os insumos que são destinados a produção de granadas e dinamites, sendo que tais elementos podem estar nos estados líquido ou gasoso. Quando passam por transformações químicas, tais substâncias podem gerar uma grande quantidade de calor ou gás.
  • Gás inflamável: o gás inflamável pode ser encarado como todo o qualquer gás que, quando em contato com o ar e submetido a variações de calor, acabam reagindo com o oxigênio da atmosfera dando início a uma reação de combustão. Hidrogênio, amoníaco, acetileno, propileno e metano são alguns exemplos de cargas dessa categoria.
  • Líquido inflamável: são as misturas que podem ter como produto a liberação de vapor inflamável. O explosivo líquido é um exemplo importante dessa categoria. A gasolina, solventes em geral, acetileno e benzeno são alguns exemplos de cargas dessa natureza.
  • Sólidos inflamáveis: são todas as cargas que, durante o transporte, atuam como combustíveis e podem pegar fogo em razão do atrito da carga.

Além disso, também são considerados tipos de cargas perigosas: oxidantes, substâncias tóxicas, material radioativo, substâncias corrosivas, bem como substâncias perigosas diversas.

Outro aspecto importante do transporte de cargas perigosas é o grau de risco associado a determinada carga. O grau de risco é dividido em três grupos:

  • Grupo 1: são as cargas com alto grau de risco;
  • Grupo 2: cargas com grau de risco intermediário;
  • Grupo 3: baixo grau de risco para aquela carga.

Regulamentação

A parte de regulamentação do setor de transportes brasileiro é realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Com isso, é de responsabilidade desse órgão regulador cumprir e fazer cumprir todas as normas que envolvem o transporte de cargas perigosas em território nacional. Essa é uma necessidade importante do processo, pois o transporte de tais cargas pode gerar consequências graves para a sociedade em caso de acidentes.

Tipos de riscos envolvendo cargas perigosas

O transporte e o manuseio de cargas perigosas podem representar riscos à saúde das pessoas. Esses riscos podem ser caracterizados como físicos, químicos ou biológicos. Dentre os riscos físicos que podem comprometer o organismo estão as elevadas ou baixas temperaturas requeridas para o transporte de cargas específicas, pressões anormais e contato com materiais radioativos, por exemplo.

Os agentes químicos, por sua vez, podem ser identificados em poeiras, fumos, névoas, gases tóxicos e vapores que podem ser inalados. Além disso, existe o risco de contaminação de rios, por exemplo, no caso de acidentes.

Por fim, estão os ricos biológicos que são: gases tóxicos, assim como os riscos químicos, irritantes ou sufocantes, além de agentes patogênicos e alergênicos.

Portanto, a compreensão dos perigos associados aos tipos de cargas perigosas é fundamental para um transporte seguro que não trará consequências para quem transporta o conteúdo e muito menos a sociedade como um todo. Isso é algo importante para evitar acidentes com consequências graves, bem como operar de forma legal e conforme as normas regulamentadoras, pois esse tipo de transporte merece toda uma atenção especial por parte de distribuidores, indústrias e operadoras de ferrovias, rodovias e vias marítimas.

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